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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A Mudança

Um novo lar. A aquisição de uma casa significava para Sheila uma nova etapa em sua vida, era um recomeço. Após sair de um casamento conturbado, começar algo novo era tudo o que ela precisava.
Logo, Sheila e seus dois pequenos filhos mudaram-se para a nova residencia. Era uma casa antiga, mas muito bem conservada.
Sheila estava feliz da vida, e junto com alguns amigos, fez uma grande reforma na casa, jogou alguns fora alguns moveis velhos que ainda estavam por lá, comprou tudo novo e deixou o local arrumado do jeito que sempre sonhou. Tudo estava perfeito, até que coisas estranhas começaram a acontecer.
Certa manhã, bem cedo, antes de acordar seus filhos e prepará-los param irem a escola, Sheila foi até a cozinha e se deparou com os moveis todos fora do lugar, e não só na cozinha, a sala também estava toda revirada. Sheila ficou surpreendida e assustada com o que viu, e se perguntava como aquilo pode ter acontecido, pois na noite anterior, nem ela e nem seus filhos ouviram barulho algum. Como estava com pressa, Sheila deu uma rápida arrumada nos moveis e saiu para levar os filhos para a escola.
Meia hora depois Sheila retornou para a casa e novamente encontrou os moveis revirados. Agora, além da sala e da cozinha, os quartos também estavam bagunçados. Apavorada, ela telefonou para a policia dizendo que alguém poderia ter invadido a casa e provocado toda aquela desordem nos moveis. A moça que atendeu a ligação pediu para que Sheila aguardasse alguns minutos que logo chegaria uma viatura.
Trancada em seu quarto, Sheila esperava impacientemente a chegada da policia, andando de um lado para o outro sem parar, até que que ela ouviu um barulho na cozinha. Era o som de como se alguém jogasse uma cadeira contra a parede. Sheila ficou apavorada, mas mesmo assim, caminhando lentamente foi até a cozinha, chegando lá, se aterrorizou com o que estava provocando toda aquela desordem na casa. Parada ao lado da mesa estava uma velha senhora, que usava uma bota preta de couro, meias longas, uma saia marrom e uma blusa rosa, seu rosto enrugado e sua boca com graves problemas de dentição deixava ainda mais pavorosa sua expressão de raiva. A assustadora idosa olhou para Sheila e disse:
- O que você fez com as minhas coisas?
Sheila não disse nada, estava muito assustada até para se mexer.
Em um ataque de fúria, a velha senhora partiu para cima de Sheila, que correu dando gritos desesperados de socorro enquanto era perseguida. A velha correu atrás de Sheila pela casa toda, sempre dizendo: Por que você mexeu nas minhas coisas? Você não devia ter feito isso!
Sheila correu e se trancou no quarto, e enquanto ouvia a velha gritar e esmurrar a porta, decidiu pular pela janela. Um vizinho que já havia ouvido os gritos correu para ajudá-la. Ele perguntava o que aconteceu, mas Sheila estava em choque, não conseguia dizer uma palavra., pois chorava muito. Só alguns minutos depois, na casa do vizinho e na presença de dois policiais, Sheila contou o que ela acabou de presenciar. Contou sobre os moveis fora de lugar e fez uma descrição da pavorosa velha. O vizinho de Sheila se espantou ao ouvir falar da velha. Ele disse que aquela senhora era a antiga dona da casa que Sheila comprou, disse que era uma velha chata que não gostava de ninguém e nem que mexessem em suas coisas, disse também que a velha senhora havia falecido há cinco anos atrás. Ao saber que aquela idosa que a perseguiu pela casa havia morrido há um bom tempo, Sheila ficou ainda mais apavorada, tanto que se mudou novamente na mesma semana. Sheila vendeu a casa bem barato para uma imobiliária, comprou uma casa menor em um local bem longe dali, mas desta vez, uma casa sem o fantasma de uma velha perturbada.

Autor : Felipe AG

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Relato Sobrenatural - A Criatura do Rio

Aconteceu com : Rafael - SC

Essa história que vou contar aconteceu comigo e com minha família, e foi horrível.

Em 1998 eu e minha família estávamos em um rio da região de São Francisco do Sul em Santa Catarina, fazendo uma pescaria de fim de semana.

Tudo estava correndo tranquilamente, quando em um determinado momento, observamos na marguem oposta do rio algo sair da água. Ficamos todos assustados, pois não conseguíamos identificar direito o que era aquilo. Era uma criatura com fisionomia semelhante a de um homem branco de pelo menos 1,80m de altura, sem traços faciais aparentes, contando apenas com um rasgo no local da boca, ele possuia um braço longo e o outro que parecia ter sido amputado mais ou menos na altura do cotovelo. Aperentemente ele parecia estar muito tempo dentro d`agua, pois tinha sua cabeça e costas enrugadas pelo constante contato com a água.

Ele estava parcialmente submerço e se alimentando ferosmente com restos de peixes e lodo que havia no local. O " SER " parecia ter percebido que estava sendo observado e lentamente foi entrando de costas no rio.

Todos nós ficamos aterrorizados com aquilo e saímos rapidamente do local e fomos em direção às praias de São Francisco.

Lá chegando, tentamos obter informações de alguém sobre a estranha criatura que acabávamos de ver.

Contamos para alguns pescadores locais e perguntamos se eles já tinham visto aquilo antes. Então eles disseram que àa muitos anos esse "ser" é visto por várias pessoas, moradores locais e turistas, e que existem várias versões sobre o que possa ser aquilo, sendo que uma delas é que aquela criatura é uma pessoa que havia matado sua familia e depois cometeu Suicidio no rio, ficando perambulando porali para pagar pelo seu crime, mesmo no além.

Se era isso eu não sei, mas que foi horrível e altamente sobrenatural, isso foi. Aquilo que nós vimos não existe no nosso mundo, isso eu garanto.

Fonte : www.alemdaimaginacao.com

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Especial - (Conto - O Assassino da Rua 23) por - Joyce Aniceto

Era uma noite fria durante o inverno de 1834. As notícias repentinas de haver um assassino vagando por este bairro faziam meu estômago embrulhar ao me lembrar de Clarisse, pois as vitimas eram sempre mulheres ricas, jovens e atraentes, assim como minha linda Clarisse.

O vento bateu forte em meu rosto, me obrigando a segurar meu chapéu coco para impedir que voasse, enquanto caminhava em direção á casa dela, como me acostumei a fazer toda noite desde que decidimos nos casar a pouco menos de um mês.

– Clarisse, estou dizendo, você deveria ficar em casa. Pelo menos até a polícia encontrar este assassino. – Disse á ela enquanto ela enchia minha xícara com chá.

– Não seja bobo. Sabe que minha tia precisa de mim. Está em seus últimos dias. Além disso, deveria se preocupar mais com você. Já não lhe disse para não andar desacompanhado?

Eu sofria de narcolepsia. Não eram raras as ocasiões em que cochilava durante o dia, tendo todo o meu corpo paralisado e indefeso. Estava acostumado á isso desde criança e já nem me importava se ficasse inconsciente a qualquer hora do dia. Não podia evitar.

– Clarisse... as vítimas são mulheres. Faça isso, por favor.

– Não vou me trancar em casa por causa de um assassino. Tenho certeza de que a polícia irá cuidar disso antes que mais alguém saia ferido.

Ferir, ela dizia como se fosse o pior que pudesse acontecer, quando na verdade todas as vítimas eram brutalmente assassinadas. Suspirei enquanto pegava meu chapéu e meu casaco, sabendo que nada a faria mudar de idéia.

– Venha jantar aqui amanhã. Vou pedir para que façam seu prato preferido. – Ela disse quando sai pela porta, acenando para mim.

Em algum momento da volta, eu sabia que minha visão estava começando a embaçar, senti meus membros pesados e sei que me escorei em um muro e dormi. Era tarde e meu sono se intensificava por causa de minha doença. Tive um sonho inquieto, intensificado por meu medo de perder Clarisse, ouvi gritos e vultos estranhos, acordando assustado ao imaginar sua imagem ensangüentada.

Não sei como cheguei em minha própria casa, pois ao acordar em minha cama não me lembrava de como havia chegado ali. Talvez fosse algum outro sintoma da doença, eu não podia saber, mas quase sempre quando eu acordava, me via em algum lugar diferente do qual eu estava ao dormir. Era um incômodo, tenho que dizer, as pessoas se afastavam de mim por isso, como se fosse algo contagioso. Em várias oportunidades tive ajuda de conhecidos que me traziam até a presença de algum familiar, mas com o tempo, até estes se afastaram. Mas Clarisse jamais se deixara afetar por meus problemas de saúde e sempre esteve comigo, mesmo quando ainda éramos criança.

Sabia que ela era a pessoa certa e não havia nada que eu não faria por ela.

E por isso me preocupei ao ler os jornais no dia seguinte ao descobrir que mais alguém havia sido vítima do sanguinário assassino da Rua 23, como passou a ser conhecido.

A rua que dera nome á ele era justamente aquela que Clarisse morava.

A pobre mulher foi encontrada morta, esquartejada em um beco e os pedaços haviam sido abandonados ali mesmo, para quem quisesse ver. Saber que eu havia estado naquela rua, naquela noite, e poderia ter cruzado com o assassino era o pior para mim. Podia ter sido Clarisse. O que eu faria sem ela?

Preocupado, sai de casa, disposto a convencê-la a morar comigo, pelo menos até que os crimes terminassem. Pouco me importava o que fossem achar se uma mulher solteira fosse morar com um homem sem terem se casado.

Embora quisesse encontrá-la, sabia que não estaria em casa tão cedo então me contive até que anoitecesse e desse o horário do jantar.

Estava tão frio que comecei a sentir meus dedos formigarem. O vento batia nas folhas das velhas árvores da rua com seu assobio choroso, dando certo ar lúgubre á paisagem. Olhei em volta, encarando aqueles que passavam por mim e imaginando qual deles poderia ser o assassino. O toque de recolher não me permitiria demorar muito mais se quisesse ter tempo para convencer Clarisse a morar comigo. Era preciso apertar o passo.

– Você se preocupa demais. Está tarde para sair perambulando pela rua cheia de malas. Estou segura em casa.

Eu a encarava seu rosto por cima do vaso de flores na mesa. Ela se manteve calma durante todo o jantar e nada do que eu dissesse parecia fazê-la mudar de opinião.

– Morando sozinha? Clarisse! Por que tem que ser tão cabeça dura? Venha comigo por hoje e amanhã voltamos para buscar suas coisas.

– Estou tão cansada... Se estiver tão preocupado, por que não fica aqui esta noite? – Ela inclinou a cabeça e deu um meio sorriso para mim. – Estarei segura com você.

Eu não podia deixá-la sozinha. Não parecia certo. Iria então velar seu sono e impedir que qualquer mal á atingisse. Era a única solução.

Sentei-me em uma poltrona em seu quarto, abusando da intimidade que nós ainda não devíamos ter. Observei enquanto ela se deitava e se virava para mim, sorrindo e murmurando boa noite ao se cobrir.

A noite avançava e sua escuridão forçava meus limites. Não iria resistir por muito tempo ao sono, sabia que a qualquer momento poderia ficar inconsciente tendo em vista o mal que me afligia.

Pensamentos de morte inundavam meu cérebro, me mantendo acordado por alguns instantes. Porém, no momento em que consegui raciocinar direito sem me deixar levar por sentimentalismos, percebi que não era mesmo necessário me manter acordado. Eu estava sendo um bobo super protetor, é claro, o assassino só atacava mulheres que andavam noite afora, não senhoras seguras em suas próprias casas. Eu havia me deixado levar pelo medo, pois ele não era um invasor, apenas um sanguinário sem escrúpulos.

Clarisse estava deitada. A luz do luar que entrava pela janela iluminava seus cabelos loiros caídos no rosto, enquanto sua mão pousada sobre o corpo suavemente acompanhava o ritmo de sua respiração lenta de quem já sonha. Eu a olhei com ternura, momentos antes de fechar meus olhos ao perceber que a sensação de dormência causada por meu sono anormal estava começando a me atingir e relaxei na poltrona, sorrindo ao perceber que ela estava segura.

Ainda estava escuro quando meus olhos se abriram. Ao meu lado jazia Clarisse, ainda dormindo. De alguma forma eu havia me movido até sua cama e me sentado ao seu lado. Mas algo estava diferente. A posição de seu corpo não parecia natural. Ouvi ruídos de passos e ao olhar para frente, havia um homem parado na porta e o coro de uma multidão revoltosa soava pela janela entreaberta. Meus extintos despertaram para um possível suspeito de assassinato fugindo e adentrando na primeira residência que encontrasse.

Eu poderia defendê-la. Lembrava-me de ter visto uma faca na cômoda perto da cama.

Ele caminhou até a janela em passos rápidos e bruscamente puxou as cortinas permitindo que toda a luz da lua entrasse no aposento e em seguida se virou, mostrando seu rosto. Eu assistia aquilo sem saber o que deveria fazer ao me deparar com o próprio Chefe da Polícia.

– O que foi que você fez? – Ele perguntou se dirigindo á mim. – O que foi que você fez? – Ele repetiu mais uma vez.

Olhei-o sem entender o que queria dizer, por mais que gesticulasse com as mãos e me olhasse incrédulo. Vendo minha reação, ele caminhou até mim, furioso, me obrigando a buscar a faca na cômoda para o caso de algo sair do controle.

Mas ela não estava lá. Olhei para Clarisse e seus cabelos loiros estavam manchados de vermelho, que também se espalhava por toda a cama. Estava morta ao meu lado, inerte. Sua respiração havia cessado para sempre, porém seu coração ainda forçava o líquido escarlate para fora do corpo, jorrando sobre a cama. Seus olhos me encaravam abertos e apavorados numa expressão de dor e traição que eu jamais poderei me esquecer.

Não se tratava mais de um caso de narcolepsia, eu logo percebi ao despertar neste cenário. Era um caso de dupla-personalidade em que todo o mal que havia sido acumulado em meu ser havia despertado, de uma forma que eu jamais poderia ter imaginado nem em meus piores pesadelos. Encarei a faca, que ainda segurava em uma das mãos, horrorizado ao perceber os fatos e enterrei-a em meu peito.

Nota da Autora : "A narcolepsia não era uma doença conhecida na época da estória mas eu deixei o termo para não parecer que inventei alguma doença ._. "

Autora : Joyce Aniceto

A Joyce é uma grande amiga. Me identifico em muitas coisas com ela, principalmente o gosto pela leitura e pela escrita, e também compartilhamos do mesmo gosto musical. Se você quiser conhecer melhor essa excelente pessoa que é a Joyce, siga ela no twitter @AVampireFreak

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Assombrações - Okiku ( A boneca viva - Japão )

Kikuko tinha três aninhos de idade, quando adoeceu gravemente. Era agosto de 1932. Seu irmão visitava a cidade de Sapporo, Hokkaido (Ilha ao norte do Japão) quando viu uma boneca e comprou-a para Kikuko. A pequenina adorou a boneca e não mais separou-se dela,nem por um momento. Porém a doença agravou-se e em janeiro de 1933, Kikuko faleceu. É costume no dia da cremação do corpo, colocar os objetos que a pessoa mais gostava dentro do caixão para ser cremado junto com o corpo. Na ocasião porém, a familia no auge da dor da separação,esqueceu-se de colocar a boneca junto a menina. Após a cremação, a boneca que recebeu o nome de OKIKU, foi colocada no oratório, ao lado das cinzas da criança, onde a família fazia as orações. Com o passar do tempo começaram a perceber que o cabelo da boneca parecia crescer.

Na década de 40 veio a guerra e a família teve de fugir para o interior, deixando a boneca com os sacerdotes do templo MANNENJI, que a guardaram juntamente com as cinzas de Kikuko. Com o fim da guerra, a família voltou para a cidade, procuraram pelos seus pertences no templo, onde perceberam com espanto que os cabelos da boneca não pararam de crescer! A pedido do irmão da menina, a boneca continuou no templo. A imprensa,mostrou o fenômeno,o que chamou a atenção de pesquisadores,para que fosse dada uma explicação científica para o caso,o que não aconteceu até hoje.

O templo que fica em Hokkaido é visitado por turistas e curiosos que querem ver a fantástica transformação da boneca. Há controvérsias, mas dizem que as transformações são visíveis. O cabelo antes nos ombros, agora chega à cintura. Os lábios antes cerrados,estão entreabertos e úmidos,e seus olhos parecem olhar para as pessoas com expressões de quem tem vida. Os japoneses levam muito a sério a vida após a morte e para eles que reverenciam deuses e objetos, tudo é dotado de espírito e precisa ser queimado quando não é mais usado,em sinal de agradecimentos e para que descansem em paz após serviços prestados.

Fonte : forum.cifraclub.com.br
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