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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Epidemia ( O Diário de Brian )

09 DE AGOSTO
*Meu nome é Brian, e até esse momento eu não sei bem o que está se passando. Agora estou na casa da minha irmã Karen, e estamos com muito medo de sair, pois coisas estranhas estão acontecendo por toda parte.
*Hoje de manhã, recebi uma ligação da Karen, que estava desesperada dizendo que seu namorado Greg estava ferido. Como parecia ser grave, chamei minha esposa e meu filho para irmos até a casa da Karen. Mas quando saíamos de casa, acabei atropelando dois homens que surgiram de repente na frente do carro. Parecia que um perseguia o outro. Tentei ajudá-los, mas o que eu vi me assustou muito. Um dos homens rastejou até o outro que estava desacordado e começou a mordê-lo. Fiquei muito confuso e muito assustado.
*No trajeto até a casa da minha irmã, percebi que algo horrível estava acontecendo. As ruas estavam uma grande confusão, pessoas estavam desesperadas correndo por todos os lados, parecendo fugir de alguma coisa. Várias dessas pessoas estavam muito machucadas.
*Ao chegar na casa da Karen, Greg tinha um ferimento grave no seu braço esquerdo. Ele disse que um homem atacou dando-lhe uma mordida. Karen ligou várias vezes para a emergência, mas as linhas estavam todas ocupadas.
*O caos se instalou lá fora, daqui da casa da Karen, que fica bem no centro da cidade, é possível ver o que está acontecendo. É uma desgraça. Parece que pessoas estão atacando outras sem motivo aparente.
*Não sei por qual razão estou anotando tudo isso, apenas peguei um caderno e uma caneta e comecei a escrever.

10 DE AGOSTO
*Ainda estamos sem entender nada. As notícias são desencontradas e a tv não para de mostrar imagens de pessoas atacando outras de forma muito violenta. Também falam para não sairmos de casa que estaremos seguros. Mas na verdade, ninguém sabe de nada.
*Greg está muito mal, ele está com febre e sente muito frio.
*Não podemos fazer nada. Lá fora ainda está tudo muito confuso.
*Da janela podemos ver que, de um modo estranho, pessoas andam sem rumo, outras ficam paradas, muitas delas estão seriamente feridas, com braços ou pernas quebradas, mas ainda assim conseguem se mover.
*Há vizinhos na mesma situação que a nossa. Ninguém pode sair de suas casas. O que temos que fazer é somente esperar.

11 DE AGOSTO
*Greg faleceu hoje de manhã. Mas não sei como, alguns minutos depois ele levantou e nos atacou. Ele foi pra cima da Karen e mordeu a mão dela, mas também conseguiu ferir meu filho com um arranhão. Ele parece estar louco. Seus olhos estão esbranquiçados.
*Nos conseguimos correr e nos esconder em um quarto no andar de cima. Karen está em estado de choque e minha esposa Anna não para de chorar.
*Tive que barrar a porta do quarto, pois Greg está tentando entrar.
*O ferimento no rosto do meu filho é mais grave do que pensei. Tentei telefonar para a policia e para os bombeiros, mas foi tudo em vão. Ninguém atende.
*Ainda não sei porque continuo escrevendo mesmo depois de tudo isso ter acontecido.

12 DE AGOSTO
*Estamos praticamente há três dias sem comer. Também, não dá para pegar nada para comer, Greg está no corredor em frente ao quarto.
*Karen está começando a ter febre. Estou com medo de que ocorra o mesmo o que aconteceu com Greg. Anthony também está mal, não deu para estancar o sangue do ferimento em seu rosto.
*No único canal de tv que ainda está transmitindo, as notícias falam de uma epidemia causada por uma doença desconhecida e contagiosa, que teria deixado as pessoas descontroladas e agressivas.

13 DE AGOSTO
*Karen também faleceu. Coloquei seu corpo na sacada e barrei as todas as janelas.
*Karen acordou e ficou muito agressiva, ela não para de bater na janela tentando entrar.
*A situação só piorou, acabaram de cortar a energia elétrica e as únicas informações que temos agora, vem de um rádio de pilha.
*Está sendo muito difícil para nós, as pessoas que amávamos morreram e estamos sem comida e sem água.
*Acho que estou ficando louco. Estamos em uma situação horrível, e eu continuo escrevendo. Caramba, tenho que arranjar um jeito de sair daqui.

14 DE AGOSTO
*Ouvimos pelo rádio que tudo está fora de controle, os mortos-vivos, como estão sendo chamados, já são maioria em grande parte das cidades pelo mundo.
*Ninguém sabe como começou ou como irá acabar. Estão dizendo que a contaminação se dá através do contato com o sangue ou a saliva de quem já está contaminado, ou seja, é um zumbi.
*Anna e Anthony estão passando mal, e eu nem imagino o que fazer. Já basta a Karen ter morrido. Isso tá acabando comigo.
*O silêncio da noite é quebrado pelo som perturbador dos gemidos dos zumbis. E com essa escuridão, piora ainda mais.

15 DE AGOSTO

*Anthony está cada vez pior, mas a Anna não desgruda dele. Temo que tenha que trancá-lo em algum lugar.
*Estamos sem comer a vários dias. Estou ficando fraco, preciso fazer algo, se não vamos morrer aqui dentro.

16 DE AGOSTO
*Quando o dia clareava e eu estava cochilando, fui surpreendido pelo grito de Anna. Ela estava sendo mordida pelo Anthony. Tive que bater nele com um secador de cabelo e trancá-lo dentro do guarda-roupa.
*Anna morreu. E antes que ela acordasse, saí do quarto correndo, passei pelo Greg e consegui chegar até o sótão.
*Daqui de cima, posso ouvi-los andando pela casa.
*Perdi todos aqueles que eu amo. Agora só me resta esperar a minha vez. Até lá, continuarei escrevendo. Tanto faz.

17 DE AGOSTO
*Escutei o som de um helicóptero. Subi no telhado e eles acabaram me vendo e me resgatando.
*Do alto se pode ver o tamanho da desgraça, os mortos-vivos tomaram toda a cidade. Deram-me um forte calmante, estou quase dormindo. Querem fazer alguns exames comigo.

18 DE AGOSTO
*Acordei dentro de uma cela. Está parecendo uma base militar. Não tem nada nem ninguém por aqui, só um homem dormindo em uma cela ao lado. Não deixaram nada para comer.
*Já é noite e ninguém apareceu.

19 DE AGOSTO
*Acordei ao som de tiros. Parece que os zumbis invadiram a base. O homem da cela ao lado também virou um zumbi. Eles mataram todos os soldados.
*Há vários zumbis andando pelos corredores, alguns já estão em avançado estado de decomposição. Eles estão tentando me atacar, há muitos bem em frente a cela.
*Até agora não entendo como isso pode acontecer. E também não sei porque ainda estou escrevendo. Esse pequeno e velho caderno será meu companheiro até o meu fim. Se alguém vier a achá-lo algum dia, que guarde como registro desse trágico momento da história.
*Estou muito fraco, não tenho força nem para segurar a caneta direito, aqui acabou pra mim e . . . . . . . . .

Autor : Felipe AG

Um comentário:

  1. Putz.. adoreiiii!! Pena q o Brian morreu.. queria mais saber o q aconteceu dps com os mortos-vivos...rs Beijooo!!

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