.

.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Hospital

Um jovem chamado Harry acordou em um hospital sem ter a idéia de como chegou lá. Os médicos disseram a Harry que ele se envolveu em um acidente e que já estava há dois dias no hospital. Ele ficou desacordado devido a uma pancada na cabeça, não se lembrava de nada e teria que ficar no hospital em observação.
Harry sentia dores de cabeça constantes e também não conseguia mais dormir. Nessa noite caía uma forte chuva com muitos raios e trovões. Harry tentou chamar algum médico ou enfermeira, mas ninguém atendeu. Então ele decidiu sair do quarto para procurar alguém, mas ao sair, o corredor estava praticamente deserto, a não ser por um garotinho que estava sentado em um dos bancos. O garoto parecia ter uns sete anos de idade. Ele ficou olhando Harry por alguns segundos, até que acenou chamando Harry para acompanhá-lo. Harry seguiu o menino até ele parar em frente a um quarto e apontar para a pequena janela na porta. Harry olha pela janela e vê que há uma mulher deitada em uma cama. Ela parecia estar em estado grave, pois respirava com a ajuda de aparelhos. Quando Harry se deu conta, o garoto havia sumido. Harry, estranhando aquela situação, volta para seu quarto e tenta mais uma vez chamar alguém, mas de novo ninguém atendeu.
Já passava da meia noite e Harry, deitado, ficava se virando de um lado para o outro sem conseguir pegar no sono. Até que ele escutou alguém bater na porta. Ele pensou que fosse algum médico, mas como ninguém entrou, Harry foi conferir. Ao sair do quarto, ele se encontrou mais uma vez com o garotinho. Harry se espantou ao ver que o menino estava com um sério ferimento na cabeça. Harry pediu para ajudá-lo, mas o garoto correu e entrou em um quarto mais à frente. Harry foi atrás dele, entrou no quarto, acendeu a luz, mas o quarto estava vazio, apenas uma poça de sangue no chão. Assustado, Harry sai desesperadamente tentando chamar alguém, e nesse meio tempo, devido a tempestade que caía, o hospital ficou sem energia elétrica. Com a queda de energia, apenas as luzes de emergência ficaram acesas. Harry corria de um lado para o outro, mas os elevadores não estavam funcionando e, por alguma razão estranha, as portas estavam trancadas. Harry se desesperava cada vez mais, e na correria, ele deu de cara com uma menininha. Ela estava usando um vestido contendo várias manchas de sangue e pelo seu corpo havia muitas escoriações. Ela largou uma bola que estava segurando e saiu andando bem devagar, e foi mancando até entrar no quarto em que aquela mulher estava. Assustado e ao mesmo tempo curioso, Harry olhou novamente pela janela, mas desta vez não havia ninguém. De repente, alguém agarra Harry por trás, e quando ele olha, ele vê que era a mulher que estava deitada naquele quarto. Ela também estava bastante machucada. Apavorado, Harry correu tentando achar uma saída, mas a maioria das portas estavam fechadas. Ele entrou no seu quarto porque era a única porta que estava aberta. O quarto estava iluminado apenas pelas luzes de emergência, e Harry se encolheu todo em um dos cantos. Sem saber o que iria acontecer, Harry apenas ficou aguardando. A porta se abriu e entraram as duas crianças de mãos dadas, ambas com muitos machucados pelo corpo. Logo após as crianças entrarem foi a vez da mulher. Ela mancava e chorava muito e quando se aproximou de Harry atacou-lhe com vários arranhões no rosto. Harry, muito machucado e vendo que a mulher sangrava pela boca e pelo nariz, arranjou forças e conseguiu se livrar dela. Harry correu para fora do quarto e foi até a porta de emergência e deu vários chutes até arrombá-la. Ele percebeu que a mulher e as crianças estavam vindo atrás dele e desceu as escadas correndo, mas na correria, tropeçou e levou um tombo violento. Na queda, bateu com a cabeça no chão e abriu um enorme ferimento. Meio desacordado, Harry ainda viu as duas crianças olhando para ele caído na escada. Depois de algum tempo, Harry desmaiou.
Na manhã seguinte, um faxineiro encontrou o corpo de Harry. Ele sangrou até morrer. Mesmo estranhando os arranhões em seu rosto, a morte de Harry foi dada como acidente. O mesmo faxineiro que encontrou Harry, segurava um jornal do dia anterior que dizia que um motorista alcoolizado perdeu o controle do carro, invadiu uma escola, atropelou e matou uma professora e duas crianças.

Autor : Felipe AG

3 comentários:

  1. Parabéns, uma dos melhores contos que já li, pois o final foi excelente e muito bom :)

    ResponderExcluir
  2. acertou na mosca,final surpreendente,gostei de ++++++++!

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...