.

.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Morte na Madrugada

Ryan trabalhava como segurança em uma boate. Seu horário era das nove e meia da noite até ás duas e meia da manhã. Ryan chegava em seu apartamento por volta das três da manhã e antes de dormir, gostava de ficar observando da janela a vista da cidade, pois seu apartamento ficava no décimo andar de um prédio residencial. E assim, essa era a rotina dele quase todos os dias.
Certa vez, quando saía do trabalho, um dos seus amigos o chamou para acabar com uma briga que acontecia dentro da boate, mas, Ryan disse que já estava na hora dele ir embora e não queria saber de nada. Só no outro dia que ficou sabendo que uma pessoa morreu na boate durante aquela briga, e mesmo assim a boate continuou a funcionar normalmente.
Certa noite, enquanto observava pela janela, Ryan notou uma mulher parada em uma esquina próxima ao seu prédio. Ela usava um longo vestido preto e seus cabelos eram vermelhos e bem compridos. A mulher ficou lá parada por alguns minutos, depois se virou e foi embora. Ryan não deu importância.
Na noite seguinte, como sempre fazia, Ryan olhava pela janela e, mais uma vez, viu a mulher na mesma esquina, com a mesma roupa e no mesmo horário da noite anterior. Ela ficou parada por um tempo e depois saiu andando bem devagar, atravessou a rua e foi indo até sumir da vista. Ryan começou a estranhar o que uma garota estava fazendo andando sozinha na rua altas horas da madrugada.
Na madrugada seguinte, lá estava Ryan na janela para ver se a mulher apareceria outra vez. Logo ela surge, repetindo o mesmo processo das noites anteriores. Mas desta vez, quando começou a andar, passou na rua bem em frente ao prédio de Ryan. Ele a observou até ela desaparecer numa rua mais adiante.
Ryan começou a ficar confuso e ao mesmo tempo curioso, e na noite seguinte, ficou na janela até a mulher aparecer. Ela fez o mesmo percurso da noite anterior. Ficou parada na esquina, saiu andando pela rua em frente ao prédio, só que desta vez, ela parou em frente a janela do quarto de Ryan, olhou para cima, virou, voltou até a esquina e foi embora. Ryan levou um grande susto.
Ryan não parou de pensar naquilo o dia inteiro. Até mesmo no trabalho não parava de pensar naquela mulher. Os amigos perceberam que algo estava incomodando Ryan, mas ele não contou nada a ninguém. Quando deu o horário, saiu apressadamente da boate sem dizer uma palavra. Ao chegar em casa, a primeira coisa que fez foi ir até a janela e aguardar o aparecimento da mulher. Mas nessa noite, as horas foram passando e ela não apareceu. Cansado de esperar e quase caindo de sono Ryan fechou a janela. Mal tinha acabado de fechar a janela, ele sentiu um terrível arrepio no corpo. Sentiu como se alguém estivesse no quarto com ele. Ao se virar, deu de cara com a mulher de vestido preto com cabelos longos e vermelhos.
Seus braços eram esqueléticos e seu rosto era assustador, com os ossos da face aparecendo sob a pele. Ryan notou que ela se parecia com uma garota que estava na boate na noite da briga. A mulher que emitia alguns sons estranhos, atacou Ryan violentamente. Os outros moradores acordaram muito assustados com os gritos desesperados de Ryan. Quando amanheceu, o síndico ficou batendo na porta do apartamento de Ryan, mas como não teve resposta, usou uma chave extra para entrar. Entrando no apartamento, o síndico foi até o quarto e encontrou o corpo de Ryan coberto por um lençol. O corpo de Ryan estava completamente seco, com marcas de dentadas na cabeça, barriga e no pescoço. Ninguém nunca soube como aquilo aconteceu.

Autor : Felipe AG

Um comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...